O que você precisa saber sobre Clima Organizacional
Ano novo, vida nova e você não sabe se seu ambiente interno e sua equipe acompanharam a mudança? Essa é a real importância do Clima Organizacional.
O significado de “Clima” vem de “atmosfera”; já o “Organizacional” vem de “empresa, ambiente, espaço”. Perante a isso, defino clima organizacional como o quanto o ambiente social interfere no desempenho de uma pessoa, de uma equipe.
É necessário entender quais as variáveis que causam comportamentos indesejáveis ou desejáveis nas pessoas. É como um quebra-cabeça que você vai montando para entender o cenário atual que se encontra.
Existe várias formas para medir essa percepção. As mais utilizadas são por pesquisas, entrevistas, questionários, dinâmicas.
A prioridade é entender como é a experiência, a vivência de cada um individualmente e em contato com o grupo. Entender as relevâncias comportamentais, éticas, morais e de perspectivas são itens imprescindíveis.
Negligenciar esse momento gera consequências impagáveis, como alta rotatividade, estresse, descumprimento de rotinas, fofocas, rispidez, mau atendimento entre outros pontos que torna o ambiente nada saudável para se trabalhar.
Pelo menos uma vez no ano, dedique o momento para avaliação do clima organizacional. Dedique estudo, pesquisas ou até mesmo investimento com consultorias para executar essa ação. Aqui o importante é servir como um canal de ouvidoria a sua equipe, permitindo uma ferramenta segura, confiável, sigilosa e que gera ações para corrigir problemas e trazer melhorias internamente.
Se for apenas para você saber se o ambiente está bom ou ruim e não fazer nada além disso, não faça. Um movimento como esse gera muita expectativa e dedicação das pessoas em um ambiente melhor. Frustrá-las será o maior erro que você fará internamente. Pense bem nisso!
Se você se encontra nesse momento, minha recomendação é procurar uma consultoria que facilite a entrega, seu tempo, seu esforço e que tenha um investimento justo para o momento e para a realidade do seu cartório.
Verifique a flexibilidade nas negociações, a competência técnica, os resultados já obtidos. Realize um orçamento baseado na entrega final de um plano de ação para melhoria do seu ambiente interno.
Se você ainda possui dificuldades, você pode se interessar pelo nosso Diagnóstico Organizacional, com uma análise diferenciada e um plano de ação para a melhoria interna do seu ambiente, de sua equipe e de seu cartório.
Fale conosco pelo telefone (11)97848-5776 ou thais@inspirequalidade.com.br
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O Inspire Qualidade é um método de Incentivo, Treinamento e Educação para a Melhoria da Eficiência da Gestão das Organizações, de forma contínua e sustentada. Desde 2010 no mercado de telecomunicações e eletroeletrônicos e em 2013 atende Cartórios e organizações de todos os setores em todo o Brasil, conduzido pela especialista Thais Ribeiro.
Thais Ribeiro é Mestra em Consultoria e Gestão das Organizações pela Escola Superior de Justiça (UMSA – Buenos Aires/Argentina), Administradora e Especialista em Normas Técnicas para Sistemas de Gestão e Desenvolvimento Humano. Possui 20 anos de experiência na área de Sistema de Gestão Integrado para a Excelência Organizacional, desenvolvimento da Cultura, comportamento e mentalidade humana, gerenciamento de projetos e equipe, certificações e premiações na área da Gestão. Pós-graduada em Gestão, Inovação e Competitividade. Extensão em Propriedade Intelectual. Auditora Líder das normas ISO9001 (IRCA) e Gestão Integrada (ISO9001, ISO14001, OSHAS18001, ISO26001, ISO31001, ISO37001 entre outras) e Programas Setoriais. Atua como Examinadora em Prêmios da Qualidade em diversos segmentos. Profissional certificada em Segurança da Informação e Proteção de Dados e membro certificada da ANPPD. Empreteca, Coach, Programadora Neurolinguística e Hipnoterapeuta. Contato: thais@inspirequalidade.com.br
Gestão por Meritocracia, é possível?
Esse fim de semana, finalizei o seriado brasileiro chamado 3% que está disponível no Netflix, umas das séries mais vistas nos EUA e bem avaliadas em mais de 190 países. Em 3%, conta a história de poucas pessoas restaram no mundo, o qual se tornou palco de miséria e pobreza.
Entretanto, a população se uniu e juntou todos os recursos naturais em um único lugar, o Maralto. Mas pouquíssimas pessoas poderiam viver nele. A solução, então, é um processo seletivo para a moradia.
Esse processo é realizado com jovens de 20 anos, onde apenas 3% das vagas são preenchidas. Testes de aptidão física, mental, psicológica e de todos os formatos possíveis são aplicadas para poder selecionar os melhores e mais qualificados para esse lugar.
Após o Processo, os aptos a viverem no Maralto são colocados em uma posição superior aos demais. Assim, geram-se desigualdades e conflitos entre os que estão dentro e fora do local.
O seriado trás algumas reflexões principalmente sobre o processo de seleção e meritocracia, autoritarismo, liderança e trabalho em equipe e que eu quero compartilhar com você algumas perguntas para você pensar também:
- Será que conseguimos agir com imparcialidade na criação dos requisitos desses processos?
- O processo em si é justo?
- Criar um processo já não é uma maneira de segregar e desnivelar pessoas?
- Criar requisitos já não pode ser considerado uma forma de desigualdade e criar conflitos seletivos?
- A pessoa que faz o processo é preparada emocionalmente para ser imparcial?
- Todas as pessoas têm a mesma chance?
- Cada um tem o lugar que merece?
- Todos dão o máximo de si no processo?
- Que tipos de consequência pode trazer a premiação do “melhor da equipe”?
- Medalhas, troféus, brindes fazem a diferença?
- As pessoas são criadoras do seu próprio mérito?
- As pessoas querem te conhecer melhor por qual propósito?
- Como ignorar as emoções em um processo de seleção para ser imparcial?
- Quais as consequências da competitividade dentro da equipe?
- As boas ideias são realmente das pessoas que dizem ser “donas” delas?
Para merecer, você precisar acreditar. O mundo é dividido em dois lados, um farto e um escasso e você escolhe em qual deles você quer viver. É difícil seguir junto, você não quer atrapalhar ninguém, você apenas quer fazer o seu e fazer o que tem que ser feito. Ninguém está aqui para julgar, apenas para anotar os fatos porque elas confiam e se importam muito com as pessoas. Aliás, elas esperam que você dê o máximo de si, inclusive fazer coisas horríveis. Quanto menos emocional você for, mais forte e melhor você será. Aliás, as memórias podem ser muito dolorosas. No final, você irá agradecer a chance por ter uma vida melhor.
Pense:
- Nós escolhemos ou somos escolhidos?
- Nós somos líderes ou somos liderados?
- Nós manipulamos ou somos manipulados?
- Nós corrompemos ou somos corrompidos?
Onde há pessoas, há opiniões e onde há opiniões, mesmo baseado em dados, há emoções. Onde há emoções, a chance em cometer injustiças é inevitável. Viva com essa verdade inconveniente.
É possível viver sobre a Gestão por Meritocracia?
Vale a pena assistir e deixar a sua crítica aqui também. Gostei muito deste seriado, uma forma diferenciada de olhar para a Gestão de Pessoas e refletir melhor sobre o sistema [utópico?!] de meritocracia.
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O Inspire Qualidade é um método de Incentivo, Treinamento e Educação para a Melhoria da Eficiência da Gestão de Cartórios, de forma contínua e sustentada. Foi desenvolvido em 2013 e atende Cartórios e organizações de todos os setores em todo o Brasil, criado e conduzido pela especialista Thais Ribeiro, Fundadora e Consultora da Íntegra Soluções Empresariais.
Thais Ribeiro é Administradora especialista em Programas de Excelência em Gestão. Criadora do Programa Inspire Qualidade. Atua há mais de 15 anos com Consultoria Empresarial, Normas Técnicas, Mudança de Cultura Organizacional, Análise e Desenvolvimento Comportamental. Mestranda em Consultoria Organizacional pela UMSA – Buenos Aires/Argentina. Pós-graduada em Gestão, Inovação e Competitividade. Extensão em Propriedade Intelectual. Empreteca. Psicohipnoterapeuta. Programadora Neurolinguística. Realizou mais de 5 mil horas de treinamentos sobre Empreendedorismo, Inovação, Startups, Gestão, Normas Técnicas, Direito, Marketing, Psicologia, Hipnose, PNL, Coaching e outras ferramentas com os melhores do mundo. Contato: thais@inspirequalidade.com.br
A motivação e a gestão do cartório
Você que está acompanhando nossos artigos sobre a gestão de liderança situacional, o primeiro retrata sobre a importância da liderança situacional na Gestão do Cartório, o segundo sobre as dicas para aprimorar a liderança situacional na Gestão do Cartório e neste artigo vou retratar sobre a importância da motivação na liderança situacional.
Muitos líderes confundem motivação com comprometimento. O comprometimento é a combinação de confiança e motivação, portanto a confiança é a sensação de ser capaz de desempenhar bem um trabalho sem supervisão. Já a motivação é o interesse que a pessoa demonstra em desenvolver da melhor forma possível a tarefa.
Esse tema é muito importante para seu conhecimento, pois as pessoas são diferentes no que tange a motivação; as necessidades variam de acordo com o indivíduo e levamos em conta que temos a interferência dos padrões de comportamento e valores sociais.
O primeiro passo para conhecer a motivação humana é reconhecer o comportamento que acontece com o indivíduo que pode variar dependendo do estímulo, das necessidades, dos desejos, entre outros fatores.
Os indivíduos motivados estão em estado de tensão e para aliviar essa tensão eles se engajam em atividades; quanto maior a tensão, maior é o nível de envolvimento das atividades prestadas. Quando vemos pessoas desenvolvendo determinada tarefa com afinco, percebemos que estão sendo movidas pelo desejo de atingir uma meta que tenha valor a ela.
Uma das formas de descobrir essas tensões, é se basear na Pirâmide de Maslow, com cinco níveis de necessidades motivacionais:
- Fisiológicas: incluem fome, sede, abrigo, sexo e outras necessidades corporais.
- Segurança: inclui segurança e proteção contra danos físicos e emocionais.
- Sociais: inclui afeição, a sensação de pertencer a um grupo, aceitação e amizade.
- Estima: inclui fatores internos de estima como respeito próprio, autonomia e realização, e fatores externos de estima, como status, reconhecimento e atenção.
- Auto realização: é a intenção de tornar-se tudo aquilo que se pode ser; inclui crescimento, alcance do pleno potencial e autodesenvolvimento.
Conforme cada umas dessas necessidades são atendidas, a próxima se torna dominante. A teoria de Maslow, do ponto de vista motivacional, sugere que quase nenhuma necessidade seja satisfeita por completo, além disso, quando o indivíduo busca o nível da pirâmide ele está motivado, mas quando ele já a possui, a motivação acaba.
Já a Teoria das necessidades, desenvolvida por David McClelland, propõem três principais necessidades no trabalho:
- Necessidade de realização: busca da realização pessoal e de se superar; pessoas que têm esta necessidade gostam de saber onde estão entrando, qual o grau de risco, se têm ou não seu objetivo e alcançar o sucesso.
- Necessidade de poder: necessidade de poder sobre os outros, têm como objetivo comandar, controlar pessoas. Pessoas assim gostam de trabalhar com metas, tomar decisões, entre outras.
- Necessidade de associação: é desejar com alto grau de compreensão os relacionamentos interpessoais amigáveis.
Importante frisar que as pessoas não nascem com essas necessidades, são adquiridas de acordo com o ambiente social.
Victor H. Vroom criou as teorias de processos e faz referência ao desempenho com recompensa. Para ele, existem três forças básicas que atuam no indivíduo em se tratando de produtividade: a primeira são os objetivos individuais, depois a relação que o indivíduo percebe entre produtividade e o alcance dos seus objetivos individuais e a terceira de que a capacidade do indivíduo de influenciar seu próprio nível de produtividade, à medida que ele mesmo pode se influenciar.
Por último existe a Teoria de Equidade, onde as pessoas fazem comparação de seus rendimentos uns com os outros, e se sentirão motivados à medida que julgarem justo; se a comparação for desigual ela se tornará injusta e o funcionário pode se sentir lesado e tentará corrigir essa situação.
Portanto para que as equipes deem certo, é preciso que o líder situacional esteja constantemente verificando e assegurando de que tudo está funcionando de acordo com o planejado.
Como você inspira seu time a fazer o melhor?
Como fazê-los acreditar que são melhores do que são?
Como inspiramos todos a nossa volta?
Como inspirar grandeza quando nada satisfaz?
Esse é seu o grande desafio.
Gostou das dicas desse artigo? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe com aquela pessoa que precisa dessas orientações. Estou ansiosa para saber se estou contribuindo para o seu trabalho pessoal e profissional.
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Thais Ribeiro é Administradora, Especialista em Gestão e Qualidade. Atua há mais de 15 anos com Consultoria Organizacional, Certificação ISO9001, Análise e Desenvolvimento Comportamental. Mestranda, Escritora, Palestrante e Criadora do Programa Inspire Qualidade. Empreteca. Psicohipnoterapeuta. Programadora Neurolinguística. Coaching. Contato: thais@inspirequalidade.com.br
Dicas para a liderança situacional na Gestão do Cartório
No artigo anterior, você compreendeu o conceito sobre a liderança situacional, seu papel de importância na gestão do Cartório e os desafios atuais na classe notarial e registral.
Hoje vou continuar meus apontamentos sobre as características de um líder situacional e as habilidades indispensáveis para o sucesso na Gestão de Excelência da Qualidade.
Primeira pergunta: Você sabe avaliar um bom líder de um mal líder? Quais as características marcantes?
Abaixo segue um mapeamento rápido dessas características:
Bom líder:
- Tem habilidade comunicativa;
- Está acessível para o contato direto;
- É capaz de intervir quando os comunicados não forem bem digeridos ou derem margem a comentários negativos;
- É um bom contador de histórias;
- Está sempre aberto à mudanças;
- Tem credibilidade para tirar dúvidas e reproduzir informações.
Mau líder:
- Tem dificuldade de comunicação;
- Usa mais recursos tecnológicos do que o contato humano;
- Evita relacionamento direto com seus liderados;
- Não favorece a escuta ativa;
- Tem pouca sensibilidade para identificar o retorno de seus liderados.
Como eu já apontei no artigo anterior, um grande desafio é a contratação ou o desenvolvimento de verdadeiros líderes para a Gestão do Cartório.
Um bom líder deve ser acima de tudo:
- Um ser humano, com aspectos pessoais, personalidade, experiências, habilidades e emoções que influenciam o desenvolvimento do seu trabalho;
- Influentes, representam a linha de frente de uma equipe, e são responsáveis por todos os membros, devendo motivar seus funcionários;
- De caráter, ou seja, empenho em fazer o que é certo, ignorando impulsos ou caprichos;
- Facilitador, dando apoio em suas fraquezas e proporcionando condições para que os mesmos utilizem suas habilidades da melhor forma possível;
- Respeito as diferenças individuais, conseguindo extrair o melhor de cada um.
Algumas dicas do Inspire para aprimorar sua capacidade de liderança dentro do Cartório:
- Segurança para a equipe: Criam um ambiente seguro para que todos tenham confiança em expor suas ideias e pontos de vista;
- Fazer acontecer: Por meio do diálogo junto à equipe, eles buscam uma conclusão estratégica para as tarefas;
- Comunicar expectativas: Informam a equipe sobre desempenho e valores da organização, para garantir que as tarefas sejam executadas de maneira correta;
- Desafiar a equipe a pensar: Os líderes precisam conhecer a equipe e saber exatamente como desenvolver a capacidade de cada integrante;
- Ser responsável com a equipe: O líder deve permitir que todos os membros façam cobranças entre si, no sentido de Proatividade;
- Dar exemplo: Ser exemplo de excelência, pois os líderes são constantemente observados e servem de espelho aos que procuram aprender;
- Recompensar bom desempenho: Um bom líder sabe reconhecer esforços sem pensar apenas nos resultados;
- Fornecer feedback: O líder deve prestar atenção e apreciar as ideias, criando assim um confiança mútua;
- Aproveitar talentos da equipe: É preciso usar a habilidade única de cada funcionário de acordo com situações especificas;
- Fazer perguntas e pedir conselhos: Fazer perguntas e pedir conselhos aos outros ajuda a esclarecer e desenvolver tarefas;
- Resolver problemas: Os líderes devem identificar e enfrentar o problema;
- Ser um bom professor: O líder é um professor que nunca para de ensinar e está sempre motivado a aprender;
- Criar possibilidades ao ambiente: Um líder inspirador sabe criar um ambiente de trabalho positivo e motivador;
- Investir em relacionamento: Líderes devem ter um pensamento constante que o sucesso da equipe é o seu próprio sucesso;
- Saber a influência que possui: Líderes amam ser líderes, pelo impacto que podem ter sobre outras pessoas.
Para que o líder situacional possa liderar com sucesso, deve combinar de forma apropriada três habilidades necessárias ao processo de gestão:
- Habilidade Técnica: É a capacidade de aplicar conhecimentos, técnicas, métodos e equipamentos necessários para a execução das tarefas, que é adquirida através de experiências e do treinamento;
- Habilidade Humana: É a capacidade e o discernimento para trabalhar com as pessoas, incluindo conhecimento e motivação e aplicação do estilo de liderança mais eficaz;
- Habilidade Conceitual: É a capacidade de compreender a complexidade da organização como um todo, permitindo agir de acordo com objetivos gerais da organização e não em função de metas e necessidades do próprio grupo.
O líder situacional na gestão do cartório precisa organizar seu tempo em três pontos principais:
- Ao estabelecimento de metas e adota supervisão estrita e controle, ou seja, explicar aos subordinados os deveres e as responsabilidades que o colaborador ou a equipe tem que ter para desempenhar uma tarefa. Ou seja, é como, quando, onde e por quem deve ser realizada.
- Facilitar interações e oferecer feedback, ou seja, como se comunica com o colaborador sobre a tarefa desempenhada.
- Gerenciar os níveis de maturidade do colaborador e da equipe, ou seja, a capacidade e a vontade dos colaboradores de assumir a responsabilidade e de dirigir seu próprio comportamento.
Paul Hersey e Kenneth Blanchard foram os responsáveis por desenvolver esta técnica chamada “Ciclo de Vida da Teoria da Liderança”, para ser utilizada como modelo de administração ideal para os momentos de crise. De modo que as dificuldades são minimizadas e os objetivos da corporação sejam alcançados.
Eles definem que os líderes devem possuir a capacidade de transitar entre os diferentes tipos de liderança é o cenário ideal. Blanchard possui uma empresa que presta serviços de consultoria para desenvolver líderes nas empresas, em seu site, afirma que:
- 54% dos líderes utilizam apenas um estilo de liderança, independentemente da situação.
- 50% do tempo, os líderes estão utilizando o estilo errado para atender as necessidades dos seus subordinados.
Por isso, ele desenvolveu os quatro estágios de maturidade em uma liderança em organização:
- M1 (M-, C- níveis de competência baixos e níveis motivacionais baixos): Caracterizado por pessoas que demonstram incapacidade e falta de vontade para assumir responsabilidades e fazer algo; não são competentes, nem seguras de si; precisam de orientação clara sobre o que precisa ser feito;
- M2 (M+, C- bons níveis de motivação, mas falta de competência para a tarefa): Caracterizado por pessoas com capacidade insuficiente de realização, mas com vontade de assumir responsabilidades; têm alguma motivação, mas carecem de competências necessárias para a realização da tarefa;
- M3 (M-, C+ baixos níveis de motivação, mas com bom nível de competência): Caracterizado por pessoas com bastante capacidade de realização, mas com níveis instáveis de motivação, nem sempre respondendo favoravelmente ao líder;
- M4 (M+, C+ altos níveis de competência e motivação): Caracterizado por pessoas com elevada capacidade de realização e competência; e com muita vontade de fazer o que lhe é solicitado; o indivíduo tem condições de fazer o trabalho sozinho e saberá pedir ajuda, quando necessário.
Mediante a maturidade dos subordinados é possível definir quatro estilos específicos de lideranças:
- Estilo 1 – Determinar (alta orientação e baixo relacionamento com as pessoas): o líder dá instruções, comunica as tarefas aos subordinados determinando quando e como executá-las, e para que sejam cumpridas, o líder deve delegar e acompanhar de perto a execução;
- Estilo 2 – Persuadir (alta orientação e alto relacionamento com as pessoas): o líder continua a decidir e a monitorar mas explica as decisões, apoia e incentiva a equipe para que alcancem a autoconfiança e motivação necessária. Trata os subordinados como iguais e simultaneamente treina suas competências;
- Estilo 3 – Compartilhar (baixa ênfase na estruturação das tarefas e alto nível de relacionamento com as pessoas): o processo de decisão é partilhado sendo que o papel principal do líder é o de facilitador e comunicador. Ao perceber a competência dos subordinados, o líder encoraja e apoia.
- Estilo 4 – Delegar (baixa ênfase na estruturação das tarefas e baixo nível de relacionamento com as pessoas): A delegação funciona como forma de promover suas competências e de assumirem maiores responsabilidades. O líder passa a responsabilidade de decisão e implementação, permitido que o executando atue de forma independente.
Agora você já sabe como verificar o ciclo de maturidade da Liderança em seu Cartório. Na próxima semana, você irá compreender melhor como a motivação é uma das habilidades de um líder situacional.
Você também pode gostar do artigo “Por que é importante investir na equipe do Cartório?” ou “Como melhorar o engajamento dos colaboradores”.
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Thais Ribeiro é Administradora, Especialista em Gestão e Qualidade. Atua há mais de 15 anos com Consultoria Organizacional, Certificação ISO9001, Análise e Desenvolvimento Comportamental. Mestranda, Escritora, Palestrante e Criadora do Programa Inspire Qualidade. Empreteca. Psicohipnoterapeuta. Programadora Neurolinguística. Coaching. Contato: thais@inspirequalidade.com.br
Game of Thrones e Programa da Qualidade: As 10 estratégias que a série me ensinou
Criada por George R.R Martin, Game of Thrones foi um seriado exibido nas telas pela HBO, a história medieval foi uma das mais caras da televisão, que não tem dó e nem piedade de eliminar alguns dos personagens favoritos dos espectadores.
A justificativa para o sucesso é que, para conquistar os fãs, a série foi recheada de elementos como as disputas por poder, a fantasia, a ação, as matanças, as cenas mais quentes, entre outros atrativos.
Final feliz é algo utópico: os mocinhos sempre se dão mal com tanta injustiça, episódio após episódio. Algo único, nunca visto em televisão. Quebra de padrão total.
Existem muitas lições e ensinamentos aprendidos com esta série incrível no meio de tanto orgulho, preconceito, injustiça e justiça – mesmo que em poucas doses – personagens únicos e histórias tão ricas, capaz de transcender o espetáculo artístico e nos ensinar bastante sobre diferentes temas. Um dos destaques é a liderança dentro dos Sete Reinos. Afinal, todo mundo quer sentar no cobiçado Trono de Ferro, não é?
Por isso, eu enumerei as oito estratégias que esta série me ensinou e que muito provavelmente irá te provocar a uma reflexão profunda perante ao pensamento sistêmico empresarial. Siga a leitura atento a todos os itens.
1. Mantenha o foco em seus propósitos – Como visto em quase todas as temporadas, algumas atitudes e decisões podem te custar a sua cabeça! Perder a razão e ceder ao ego ou a decisões tomadas por impulso, sem uma análise de dados certeira, pode te custar seu cartório! Mantenha-se atento e racional às demandas da Qualidade. O mundo da Qualidade pode ser bem caótico, com novas informações e ferramentas brotando de todos os cantos do mundo, e se você não prestar atenção pode perder grandes oportunidades. Não deixe que essa situação interfira em sua estratégia: mantenha-se organizado e faça o que você sabe que funciona. Faça como Margaery Tyrell: não deixe que nada te atrapalhe a conquistar seu reino. Saiba como lidar com os problemas e adversidades e não se desvie de seu principal propósito.
2. Forme Boas Parcerias – sem as parcerias certas, você pode morrer e perder todo o poder que um dia sonhou ter. É impossível sobreviver sozinho no meio dos seus problemas, sem boas alianças de confiança! Faça parceiros, crie um bom engajamento com os usuários/clientes, tenha clientes fiéis que sempre olharão para seu Cartório com confiança. Abuse dessa estratégia e use ela a seu favor: participe dos treinamentos dos parceiros e consultorias especializadas em Qualidade, invista em profissionais para orientação e acompanhamento de seus resultados de forma imparcial e assertiva, crie um bom relacionamento e projetos sociais com órgãos públicos, use o Programa Cartório Amigo para colaboração na produção de materiais ricos como folders, e-books, whitepapers e infográficos, por exemplo. Dessa maneira, você sempre terá uma boa base de fãs, clientes e parceiros prontos para alavancar e ajudar seu Cartório a crescer e a evoluir sempre!
3. Construa um bom exército – Ter um exército de pessoas capazes e com diversos talentos é essencial para sobreviver na Guerra dos Tronos. E no Programa de Qualidade também. É importante qualificar sua equipe, dar autonomia e confiar. Direcione objetivos individuais e coletivos, estruture uma boa equipe com foco em novos conhecimentos e aprendizados e acima de tudo, busque sempre conseguir os melhores resultados para atender todas as demandas necessárias do seu Cartório! Assim como Daenerys, saiba sempre como descobrir as fraquezas e pontos altos de sua equipe e explore isso em seu favor. A khaleesi criou em volta de si um time de seguidores prontos para fazerem tudo que for possível para que ela consiga sua coroa – e você também deve querer um time pronto para atender todas as demandas necessárias para o sucesso do seu negócio.
4. A união faz a força – Em uma das cenas, o rei Robert diz como o poder de um exército é a solução. Robert levanta um dedo em uma mão e cinco dedos na outra, e então pergunta para a rainha Cersei qual número é melhor. A rainha erra. Robert diz que o poder é fruto de uma união. Um time unido é mais poderoso do que indivíduos que trabalham por si só. Você deve escolher, ao longo da vida, pessoas que são apaixonadas pelo que fazem e que estão focadas no mesmo objetivo que você.
5. Mantenha-se informado e esteja preparado – Em Game of Thrones, grande parte do poder se concentra em dois personagens inusitados: Varys e Mindinho. Eles não possuem muito dinheiro ou uma família poderosa. A arma e fonte de seu poder é bem simples: informação. Sempre atentos com o que anda acontecendo nos 7 reinos, eles conseguem manipular o ambiente para que esse funcione da maneira que eles querem. Faça o mesmo em seu Programa de Qualidade. Esteja sempre conectado em novas formas de conhecimento e aprendizado, mantendo-se sempre atualizado. Mude sempre que necessário. Prepare sua equipe para solucionar crises e problemas internos e tenha metas prontas para o futuro. A excelência não é algo que acontece do dia para a noite: ela leva tempo e paciência. Planeje, planeje, planeje!
6. Expanda seu ponto de vista e saia da caixa – “Eu não vou parar a roda; eu vou quebrar a roda”, disse Daenerys Targaryen em um dos episódios da série. Ao analisar a fundo o significado dessas palavras é possível identificar quando mudanças são necessárias, especialmente quando os resultados esperados não são alcançados. Um profissional proativo, que busca destaque entre os demais, deve pensar “fora da caixa” e enxergar possíveis soluções até então não cogitadas, mas que têm potencial.
7. Crie um orçamento e gaste menos do que planejou – “Um Lannister sempre paga suas dívidas”. Se tem uma coisa que os Lannister nos ensinaram ao longo da série é que com dinheiro, vem poder. E que o gasto sem controles pode trazer consequências desastrosas para sua estratégia de guerra. Mas tenha calma: o Programa de Qualidade não tem que ser uma coisa cara ou exagerada. Descubra rápido quais métodos que você anda utilizando estão com problemas ou não trouxeram o benefício esperado. Descubra também, quais os pontos reais de melhorias de acordo com a visão do cliente. Planos motivacionais e de reconhecimento devem seguir essa mesma visão. Tenha um orçamento preparado e não desperdice tempo e dinheiro com estratégias que não tragam bons resultados. Crie documentos, tabelas e mantenha controle do que você anda gastando em sua estratégia.
8. A vida é dura e não é perfeita – Muitas séries tentam jogar para o público e contam histórias que terminam no “felizes para sempre”. Game of Thrones nunca foi sobre isso! Martin preocupa-se em contar uma história épica, instigante, mas, o mais importante, bem realista. E não me refiro a magia, dragões e caminhantes brancos. Quero falar de como o enredo se desenrola. Na série (assim como na vida real), você nunca sabe o que vai acontecer, e este sentimento você sente e se aflige com isso em GOT. Os personagens bonzinhos não têm garantias de que ganharão e os maus nem sempre terão uma morte lenta e dolorosa. Na Guerra dos Tronos ou você vence ou você morre. A série está repleta de reviravoltas e, se você cometer qualquer vacilo, vai pagar amargamente por isso. Game of Thrones é perfeitamente imprevisível, e embarcar na narrativa é renunciar a monotonia e previsibilidade da jornada do herói cheia de estereótipos e vivenciar uma história com pé no realismo.
9. Reputação e carater – Na série, a construção de uma reputação pode ser identificada em Jon Snow. Na opinião do empresário, as atitudes deste personagem, em especial seu desapego em relação ao poder, o transformam em um modelo de caráter a ser seguido até mesmo por seus inimigos. “Isso, transformado para o ambiente de trabalho, como liderança, ética e cumprimento de promessas, são atitudes positivas e são vistas como uma construção de respeito mútuo no ambiente de trabalho”, explica Araujo.
10. Faça cada momento valer a pena – Valar morghulis. Um fato da vida é que todos os homens devem morrer. Apesar de muitos considerarem a morte como um estranho distante. GOT mostra que a morte não difere ricos e pobres, nobres senhores a crianças inocentes, vilões e mocinhos. Cada um de nós é tão vulnerável à morte quanto o próximo e, eventualmente, virá para todos nós, seja por uma doença grave ou um acidente indo trabalhar. Pode ser amanhã ao acordar, ou aos noventa anos, de velhice. Se todos vamos morrer, enquanto estiver vivo, faça cada momento valer a pena. Faça o que você ama, passe tempo com seus entes queridos, seja grato e siga aquilo que acredita porque, como Martin mostra implacavelmente, qualquer momento pode ser o seu último da sua existência.
Bônus de aprendizagem
11. NUNCA SUBESTIME UMA MULHER
Durante toda a série podemos notar que as mulheres são muito mais fortes que homens – muitas intelectualmente e, vez ou outra, fisicamente.
Se livrando das amarras sociais
Por muito tempo, Sansa Stark foi o exemplo perfeito de como uma “boa garota” deve se comportar. Na constante tentativa de se encaixar em Westeros, a jovem se fazia refém das vontades e fantasias dos outros. Contudo, sua fragilidade e suscetibilidade foram razões para que ela sobrevivesse em um mundo cruel. Prometida em casamento três vezes para manter alianças e procriar, Sansa aturou diversos abusos e humilhações.
Como uma forma de dizer basta ao passado submisso, ela assiste o abusivo marido Ramsay Bolton ser morto por lobos e se vira para comandar Winterfell, sua terra natal. Apesar de muito sofrimento, seu ponto alto é se fortalecer a ponto de adquirir um incrível conhecimento político e estratégico para se tornar uma boa líder e gestora como Lady de Winterfell.
Em busca do poder
Uma das personagens mais estrategistas da série, Cersei Lannister foi muitas vezes humilhada pelo pai, só pelo fato de ser mulher. Porém, a tirana não fraquejou diante disso e mesmo sabendo que jamais estaria na linha sucessória do trono, sempre se considerou capaz de herdar o poder do reinado.
A leoa não mediu esforços para vencer seus inimigos e mostrou que pode reinar em um lugar tanto quanto homens. Para tanto, tirou o próprio marido, Robert Baratheon, de seu caminho e passou a administrar o Pequeno Conselho. Mesmo eliminando, seus oponentes, a loira é também uma mãe que ama e quer proteger seus filhos a qualquer custo.
Decidindo seu lugar no mundo
O sonho de Brienne de Tarth sempre foi se tornar um cavaleiro. Habilidosa com a espada, ela era recriminada por seus trejeitos e feições pouco femininas. Apesar de não ser socialmente bem-vista como uma mulher guerreira, a competência de Brienne faz com que ela consiga uma posição no exército de Renly Baratheon.
Indo contra as expectativas sociais, Brienne embarca em várias aventuras e demonstra seu valor como guerreira, firme na crença de que deve ser honrada e cumprir suas promessas. Sem se preocupar com os outros acham certo, ela passa grande parte da sua história tentando proteger e lutando pelo bem comum.
Coragem e ambição a seu favor
Margaery Tyrell sabe usar sua personalidade e beleza como ninguém. Os homens se atraem fácil pelo seu sorriso tímido e doce. Ela é tida como uma mulher ambiciosa, poderosa e segura de si. A personagem já mostrou que não tem medo de pressão ou opressão e usa a sociedade patriarcal a seu favor.
Sem medo de arriscar, a jovem nunca desistiu de ser rainha e conseguiu o feito em seu terceiro casamento com o personagem Tommen. Apesar de não ter tido um final feliz, Margaery provou que soube jogar o jogo dos tronos com inteligência e coragem.
Temor dos homens
Conhecida como a sacerdotisa vermelha, Melisandre é temida pela maioria dos servos e não acredita em meio termo, apenas no bem ou no mal. A personagem gosta de mostrar que suas habilidades mágicas são maiores do que realmente são.
A manipulação é uma característica de destaque em sua personalidade para conseguir realizar seus desejos. Sempre com vestimentas vermelhas, a personagem tem visões proféticas saídas do fogo e uma posição militante contra as outras religiões de Westeros.
Tornando-se sua própria heroína
A trajetória de empoderamento da jovem Arya Stark começou já no primeiro episódio da série. Com temperamento forte, a garota já estava disposta a quebrar vários padrões para ser quem ela realmente é: uma poderosa guerreira.
Apesar de ser a personagem principal feminina mais jovem, ela foi capaz de sobreviver a situações extremamente hostis e brutais, cercada de preconceito. Ela mostrou que não precisa de nenhum homem para salvá-la, se tornando uma das pessoas mais espertas e versáteis da trama.
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Grande série. Grandes lições, ensinamentos e emoções. Mesmo que o final não foi o melhor desfecho, valeu a pena ter acompanhado esses anos todos! Cada episódio, um desafio, uma superação, tragédias e vitórias.
Para mim o grande ensinamento desta história sensacional de incrível foi: “Não se transforme naquilo que sempre lutou para derrotar”. Forte demais isso! Enquanto outra parte de mim filosofa: “o que é certo e o que é errado quando o tema é justiça?”
Não entendeu? Vale a pena assistir!
Recomendo a todos os líderes assistirem esse seriado para estudo e refinamento das ferramentas de liderança, gestão de pessoas, gerenciamento de processos, mudanças, propósito entre outros pontos da boa e velha Gestão.
E você, o que aprendeu com a Game of Thrones? Quais são as estratégias que você utiliza em seu Cartório? Compartilhe nos comentários!
Adaptado de RockContent, G1.
Thais Ribeiro é Especialista em Programas de Qualidade. Mestranda, Administradora, Hipnoterapeuta, escritora do Livro Boas Práticas de Gestão do PIQMT, criadora do Programa Inspire Qualidade. Atua há mais de 15 anos com Consultoria Organizacional, Certificação ISO9001 e Gestão de Pessoas. Contato: thais@inspirequalidade.com.br