PARTE 3 – Sugestões de premiações para Incentivo, Reconhecimento e recompensas em seu cartório
Depois de realizada todas as etapas para a construção da Política de Incentivos ensinado no artigo anterior, deixo mais uma contribuição com sugestões de premiações para complementar a Política estabelecida e que você pode ofertar a sua equipe:
- Condições de trabalho flexíveis – Seja de horário, seja de local, a flexibilidade é um benefício extremamente em alta atualmente e previsto no provimento 69 sobre teletrabalho do CNJ. Home office e day off são alguns exemplos de recompensas valorizadas não só pelas novas gerações, como também pelas antigas, que muitas vezes sentem dificuldades para conciliar questões particulares com o trabalho no expediente padrão.
- Viagem de incentivo – As viagens de incentivo são a nova tendência entre organizações mais inovadoras, que adotaram uma gestão com foco no capital humano e na retenção de talentos. Substituindo as premiações em dinheiro, muitas organizações passaram a brindar seu público interno com uma experiência de viagem, que tem se revelado como uma poderosa estratégia de motivação e reconhecimento. Trata-se de uma recompensa diferenciada e inesquecível, não concorda?
- Prêmio em dinheiro – De toda forma, os prêmios em dinheiro continuam valorizados, pois permitem que o profissional defina por si mesmo como empregar a gratificação. Assim há total liberdade de escolha, o que garante a satisfação de todos, independentemente do perfil. Entretanto, é preciso ter um certo cuidado nesse caso, porque se o prêmio for recorrente, pode deixar de ser percebido pelo colaborador, passando a ser considerado como parte do salário. Nesse cenário, a campanha de incentivo se transforma em um modelo de remuneração variável, que exige novas intervenções para se manter efetivo.
- Aparelhos eletrônicos – Por mais que essa estratégia pareça ser simples demais, é bem eficaz. Afinal de contas, os aparelhos eletrônicos costumam ser itens bastante desejados. Já reparou como os novos smartphones e tablets estão entre os sonhos de consumo de muitos? Por isso é que fazem parte da lista dos presentes mais requisitados em qualquer meio. Diferentemente do prêmio em dinheiro, essas recompensas específicas são lembradas por mais tempo, exatamente por serem úteis no dia a dia dos profissionais.
- Folgas extras – As folgas extras são interessantes, pois propiciam oportunidades para o descanso e o lazer dos colaboradores. Novamente nesse caso, há a liberdade de escolha, com o funcionário podendo definir o que fazer com os dias livres de acordo com suas necessidades e expectativas.
- Cartões de benefício – Os cartões também são ótimas possibilidades para reforçar a campanha de incentivo com flexibilidade e simplicidade. Atualmente existe uma grande variedade de opções, sendo que os mais comuns são o Cartão Cultura, por meio do qual a empresa proporciona o acesso a shows, cinemas e teatros, além de permitir a compra de livros e outros itens que incentivem a capacitação e o desenvolvimento dos colaboradores, bem como o Cartão Presente, que pode ser usado em uma grande rede de lojas conveniadas, assegurando diversas opções para o profissional contemplado.
- Reconhecimento social personalizado – realize o crowdsourcing de desempenho dos colaboradores. Isto é, pessoas podem reconhecer a excelência em seus colegas de trabalho, gerentes e outros. Uma forma de fazê-lo é colocando elogios sociais, dando-lhes um emblema ou deixando um feedback positivo visível no perfil do colega. Isso facilita o reconhecimento de pares em tempo real e o feedback imediato ao longo do ano. Em algumas das soluções de hoje, isso pode até ser feito através de dispositivos móveis, independentemente da localização física. Assim, quando chega a hora de realizar a avaliação de desempenho anual, os gerentes podem resgatar toda essa informação para a própria avaliação.
- Apoio psicológico e programas de mentoria – O estresse e a depressão estão se posicionando como “doenças do século”, por esse motivo muitas pessoas ficaram mais atentas para seus aspectos psicológicos e comportamentais recentemente. Nesse cenário, o Cartório pode conduzir um programa de aconselhamento para os colaboradores referente a seus problemas pessoais e profissionais, além de mentoria para desenvolvimento individual.
- Incentivo à prática de atividade física e à alimentação saudável – Além da saúde mental, cuidar da saúde se tornou uma das prioridades para as pessoas. Em razão disso, oferecer opções de lanches saudáveis e patrocinar ações esportivas são diferenciais no portfólio de benefícios. Uma pessoa ativa falta menos ao trabalho, usa menos o plano de saúde e tem duas vezes mais chances de permanecer no Cartório.
- Recompensa para a família – Caso, em determinado projeto, exista a necessidade de o colaborador ficar no trabalho além do horário combinado, pense em recompensas para a sua família, em agradecimento ao tempo que a empresa o tirou do convívio familiar. Para esposas, por exemplo, pode ser uma flor ou um chocolate.
- Auxílio-creche e local dedicado ao período de amamentação – Ainda no lado familiar, muitos pais se sentem incomodados por deixar seus filhos para ir trabalhar. Portanto, apoiá-los com as crianças é algo precioso para esses profissionais. Aposte em auxílio-creche e em um local dedicado para amamentação dos bebês.
- Feedback “três para um” – na Disney, quando os líderes precisam fazer uma crítica ou chamar a atenção de algum funcionário, eles utilizam o feedback chamado “três para um”. Para cada coisa errada que a pessoa fez, é preciso apontar três coisas boas. Exemplo: “Você tem chegado no horário, tem tratado seus colegas bem, conseguiu alcançar as metas do mês, mas hoje vi que ficou nervoso com o cliente. O que aconteceu?”
- Pense em ações individuais – O que seu colaborador valoriza? Ele prefere viagens ou passeios na cidade? É ligado em cultura, assiste filmes, vai a shows? Enxergue o ser humano que está atrás do profissional que presta serviço para sua empresa. Apesar de existirem padrões, as pessoas têm desejos e necessidades particulares, que podem, muitas vezes, serem atendidas em alinhamento com o Cartório, de forma a manter o colaborador mais motivado e aumentar sua produtividade.
Por isso, além de criar um plano de reconhecimento e recompensas, desenvolva ações para o crescimento dos seus colaboradores:
- Garanta o acesso a treinamentos. O desenvolvimento de carreira por meio de treinamentos é importante para profissionais em todos os níveis. Dessa forma, ofereça oportunidades de crescimento profissional para quem está interessado em alcançar novos patamares na carreira. Então, sempre que possível, possibilite que seus colaboradores façam cursos e participem de eventos, conferências e palestras. Um exemplo conhecido é a bolsa de estudos, que pode incluir cursos de qualificação, graduação e pós-graduação. Ao reconhecer o desejo de crescimento, você constrói confiança e lealdade. Saiba aqui qual é a alternativa mais indicada: capacitação presencial ou online.
- Invista em laboratórios de inovação. Ao oferecer espaço e tempo para o desenvolvimento de ideias para a além do escopo de trabalho, é possível desenvolver dentro do cartório uma inteligência que mais tarde resulta em processos mais ágeis e menos dispendiosos. Além disso, encorajar a inovação demonstra que você valoriza os indivíduos e seu potencial criativo.
- Ofereça e incentive o feedback. É possível aprender muito com líderes. O feedback tem papel exatamente nisso, com potencial de fortalecer o desenvolvimento de colaboradores. Saiba como oferecer um feedback produtivo.
#DICA extra:
O que o gestor deve tratar em uma conversa individual sobre a performance com um colaborador?
Quatro pontos devem ser tratados pelo gestor nessa conversa:
- O gestor deve perguntar que atividades o colaborador está fazendo nessa semana (ou nesse mês).
- Em seguida, o gestor deve revisar as metas do colaborador para ter certeza que ele está trabalhando nas coisas certas.
- O gestor deve ajudar o colaborador a revisar e melhorar a forma como ele está executando o eu trabalho: é eficiente, colaborativo?
- O gestor deve perguntar ao colaborador como está o crescimento profissional dele e como a equipe de liderança da empresa pode ajudá-lo no processo.
De acordo com uma pesquisa publicada pela consultoria Deloitte em 2014, 39% das empresas pesquisadas atualizaram ou revisaram o processo de gestão de performance naquele ano e outras 47% das empresas pesquisadas estavam reavaliando os seus processos ou planejando reavaliá-los nos próximos 18 meses. E você, qual será o seu momento para revisar seu processo de análise, desenvolvimento e reconhecimento de pessoas?
Bom, esta é a última parte do artigo “Por que é importante investir na equipe do Cartório?” você pode ler novamente o primeiro artigo: “Como implantar uma Política de Incentivo, Reconhecimento e recompensas em seu cartório”.
Agora você pode compartilhar as práticas adotadas em seu Cartório e me dizer se você gostou destas dicas. Estou ansiosa para sua contribuição para o meu trabalho.
Desde 2013 venho desenvolvendo uma metodologia para incluir conceitos de boas práticas de Gestão e Qualidade nos Cartórios. Essa metodologia é conhecida como o PIQ (Programa Inspire Qualidade) que já atendeu mais de 130 cartórios em todo o Estado do Mato grosso até hoje – além de outros cartórios em outros Estados – tornando a Gestão de Cartório mais simples, prática e com resultados significativos.
O PIQ é um método de Incentivo, Treinamento e Educação para a Melhoria da Eficiência da Gestão de Cartório de modo contínuo e sustentado, focado nos requisitos do Modelo de Excelência de Gestão (MEG) da Fundação Nacional da Qualidade. Esse programa adota também outras normas de referências mundiais como a ISO9001, ISO14001, ISO45001, ISO31001, ISO26001, ISO37001, ISO19600 entre outras, pois o objetivo do Programa é tornar o seu cartório uma verdadeira referência mundial.
Thais Ribeiro é Especialista em Gestão e Qualidade. Mestranda, Administradora, Hipnoterapeuta, escritora do Livro Boas Práticas de Gestão do PIQMT, criadora do Programa Inspire Qualidade. Atua há mais de 15 anos com Consultoria Organizacional, Certificação ISO9001 e Desenvolvimento Comportamental. Contato: thais@inspirequalidade.com.br
PARTE 2 – Como implantar a Política de Incentivo, Reconhecimento e recompensas em seu cartório
Neste artigo, vou lhe indicar algumas dicas fundamentais para implantar uma Política de Incentivo, Reconhecimento e recompensas em seu cartório:
- Estabelecimento de objetivos – desdobre esses objetivos (sejam eles quantitativos, qualitativos ou ambos) em metas individuais e coletivas, envolvendo todos. Vale lembrar que esses objetivos precisam ser de fácil compreensão, a fim de evitar erros de interpretação e acelerar a conquista dos resultados.
- Definição de metas individuais – As metas individuais devem ser definidas e distribuídas de acordo com os limites de atuação, experiência e senioridade dos colaboradores. Devem ser arrojadas e atingíveis. É essencial ainda adotar métricas claras e indicadores inteligentes, que facilitem a supervisão dos trabalhos. A premiação individual pode fortalecer a autoconfiança e a automotivação, contribuindo assim para o desenvolvimento de outras competências — como a resiliência, a persuasão, a escuta ativa, a empatia e o poder de decisão.
- Fixação de metas coletivas – Ao mesmo tempo, as metas coletivas devem ser estabelecidas com a finalidade de integrar a equipe, estimular a colaboração e apoiar a complementariedade. Assim, o programa mantém o foco na melhoria dos resultados para a empresa. Também é importante frisar que todas as metas devem ser cumpridas dentro de determinado prazo, o que exige mais organização e disciplina, além da definição das prioridades e da correta identificação de urgências. A premiação coletiva reforça o engajamento, os relacionamentos produtivos e a cooperação.
- Determinação das recompensas – A escolha das recompensas deve estar suportada por pesquisas e avaliações que englobam o perfil dos colaboradores e suas experiências anteriores, bem como exemplos de outras empresas e cartórios, as melhores práticas do mercado, as tendências atuais e também a cultura e os valores corporativos. Nesse ponto, há muitas questões que precisam ser observadas envolvendo diretamente os profissionais: faixa etária, escolaridade, estado civil, idade dos filhos e média salarial, além de hábitos de consumo e lazer. Tais informações são indispensáveis para a elaboração de um portfólio de premiações realmente atrativo. Outro aspecto a ser analisado nessa etapa é a preferência por recompensas pontuais, como bônus, brindes e presentes, ou por novas experiências, como viagens de incentivo, que normalmente incluem hospedagem, passeios e ingressos para eventos culturais, gastronômicos ou esportivos. De fato, a segunda opção vem provando ser uma ótima maneira de valorizar e contemplar os profissionais, porque além de dispensar os encargos trabalhistas, promove diversão e entretenimento. E essa iniciativa se torna ainda mais efetiva quando envolve a família, pois garante o fortalecimento do vínculo do colaborador com a empresa, já que a viagem passa a ser não só uma confirmação do reconhecimento pelo talento e pela dedicação do funcionário, mas uma memória extremamente positiva.
- Comunicação clara e objetiva – é preciso avaliar a eficácia dos canais internos, para que as orientações e os direcionamentos sejam compreendidos com clareza. Esse sistema deve contar com soluções tecnológicas, como aplicativos, chats, redes sociais corporativas e e-mails, além de reuniões periódicas com o time. Até mesmo o tradicional mural de avisos pode ser útil. Então guarde: todos os meios devem contribuir para a propagação e a disseminação do programa.
- Mensuração sazonal dos resultados – é preciso analisar constantemente os resultados dos colaboradores, de modo a verificar o impacto das recompensas em seu desempenho. Nesse ponto, é importante compreender que ajustes podem ser feitos tanto na definição das metas como também nas próprias premiações, sempre com a finalidade de manter a credibilidade e a coerência das ações e decisões. Internamente, é essencial monitorar o ambiente de trabalho, a atuação dos líderes, a prática do feedback, a capacitação dos colaboradores e a eficiência da comunicação de forma geral. Externamente, é primordial observar as questões econômicas que interferem no comportamento dos consumidores, como o desemprego, a restrição ao crédito, a variação do câmbio, a inflação e as novas abordagens dos concorrentes. Todos esses dados devem retroalimentar o planejamento original, de forma a embasar as mudanças e correções necessárias.
- Plano de Remuneração – Revisar regularmente a remuneração e bonificação de acordo com o mercado e o desempenho do colaborador. Evite os altos custos do Turnover com uma equipe remunerada de acordo com o mercado. Separe as discussões de performance e remuneração. O desempenho deve ser um assunto do cotidiano e sem barreiras formais para ser discutido. Nem sempre será possível realizar ajustes de remuneração, mas isso não impede que seu cartório trabalhe o desempenho de todos.
- Planos de Carreira personalizados – Crie planos de carreira personalizados para cada colaborador. Encoraje a divulgação e busca de oportunidades internas. As oportunidades internas são umas das melhores formas de manter seus talentos motivados.
Bom, esta é a segunda parte do artigo “Por que é importante investir na equipe do Cartório?” você pode ler novamente o primeiro artigo: “Como implantar uma Política de Incentivo, Reconhecimento e recompensas em seu cartório”. Na próxima semana, sairá a última parte deste artigo com o tema “Sugestões de premiações para Incentivo, Reconhecimento e recompensas em seu cartório”.
Agora que você já sabe como usar o reconhecimento e recompensas para aumentar o engajamento, não esqueça de se inscrever na nossa lista de e-mails para ser notificado da continuação destas dicas.
Desde 2013 venho desenvolvendo uma metodologia para incluir conceitos de boas práticas de Gestão e Qualidade nos Cartórios. Essa metodologia é conhecida como o PIQ (Programa Inspire Qualidade) que já atendeu mais de 130 cartórios em todo o Estado do Mato grosso até hoje – além de outros cartórios em outros Estados – tornando a Gestão de Cartório mais simples, prática e com resultados significativos.
O PIQ é um método de Incentivo, Treinamento e Educação para a Melhoria da Eficiência da Gestão de Cartório de modo contínuo e sustentado, focado nos requisitos do Modelo de Excelência de Gestão (MEG) da Fundação Nacional da Qualidade. Esse programa adota também outras normas de referências mundiais como a ISO9001, ISO14001, ISO45001, ISO31001, ISO26001, ISO37001, ISO19600 entre outras, pois o objetivo do Programa é tornar o seu cartório uma verdadeira referência mundial.
Thais Ribeiro é Especialista em Gestão e Qualidade. Mestranda, Administradora, Hipnoterapeuta, escritora do Livro Boas Práticas de Gestão do PIQMT, criadora do Programa Inspire Qualidade. Atua há mais de 15 anos com Consultoria Organizacional, Certificação ISO9001 e Desenvolvimento Comportamental. Contato: thais@inspirequalidade.com.br
6 formas de treinar funcionários sem gastar muito
Empresas contam seus segredos de como manter uma equipe capacitada sem colocar a mão no bolso.
Em períodos de crise, os cortes de custos às vezes são inevitáveis, O que não dá para deixar de lado, porém, são aspectos essenciais para o bom funcionamento de um negócio. O treinamento dos funcionários é um deles.
“Apesar de ser importante para desenvolvimento de qualquer empresa, esse ponto nem sempre é tratado como prioridade”, afirma Cláudio Nasajon, fundador da Nasajon Sistemas e especialista em estratégia e inovação.
Uma pesquisa realizada pela publicação T&D Inteligência Corporativa revelou que os investimentos em treinamento no Brasil equivalem a 0,83% do faturamento das empresas ante 1,1% nos Estados Unidos.
Existem empresas especializadas em fazer a capacitação de equipes, mas Nasajon acredita que o ideal é que tudo seja feito internamente. E não é necessário gastar muito. Conheça seis maneiras de treinar funcionários de diversos níveis hierárquicos sem ter que colocar a mão no bolso ou com um orçamento apertado.
1. Dividir conhecimento
Escolher um funcionário –que possui conhecimentos específicos sobre um tema importante para a empresa – para dar uma palestra para os demais pode ser uma forma eficiente de treinar uma equipe. Outra opção é criar grupos de estudos com funcionários de diversos setores para se aprofundar em determinados assuntos.
É o que faz a Nasajon Sistemas, que vende softwares para pequenas e médias empresas. A cada três meses, os gestores são incentivados a ler um livro sobre um tema pertinente para o negócio. Depois da leitura, eles fazem uma apresentação sobre a obra ressaltando os pontos que podem ser aplicados no cotidiano dos funcionários. Para incentivar, são distribuídos pequenos prêmios para as melhores apresentações.
“É uma forma eficaz de todos se manterem atualizados sem que tenham que ler dezenas de livros por mês”, afirma Cláudio Nasajon, presidente e fundador da empresa.
2. Incentivar mentores
Outra forma de capacitar os funcionários é criar um programa de mentoria, em que os mais experientes ou capacitados da empresa ajudam os demais a se desenvolverem dentro das funções. Na DNA Natural, que comercializa lanches, sucos e outros alimentos saudáveis, essas pessoas são chamadas de multiplicadores. “São funcionários que se destacaram e, além de suas funções habituais, ajudam os demais a seguirem os procedimentos dentro das lojas franqueadas”, afirma Andréa Medina.
A DNA Natural tem 75 franquias espalhadas por todas as regiões do Brasil, por isso é um grande desafio manter a mesmo padrão em todas os pontos. “Os multiplicadores ajudam a manter a equipe motivada, ao mesmo tempo promovem uma reciclagem constante dos funcionários”, diz Andréa. “Além disso, ter uma pessoa atenta aos processos ajuda a reduzir os custos durante a operação.”
3. Mudar as funções
Organizar uma mudança de funções entre os funcionários é uma forma de capacitar sem gastar. Essa técnica, conhecida pelo termo em inglês job rotation, é bastante utilizada em programas de trainees. A ideia por trás desse rodízio é incentivar os funcionários a aprender tarefas diferentes e desenvolver novas habilidades.
Uma das empresas que realizam essa prática é a americana Dell, fabricante de computadores. Os funcionários se inscrevem no programa e ao serem selecionados são enviados para trabalhar num setor diferente durante sete meses. O salário e a carga horária são mantidos. Durante o período, eles conseguem ter uma visão mais ampla do negócio.
Outra empresa que emprega a rotação de funções é o McDonalds. Os funcionários das lanchonetes não ficam apenas numa tarefa, mas devem dominar diversas atividades: desde a limpeza dos banheiros até o atendimento dos clientes nos caixas.
4. Visitar outras empresas
Compartilhar informações e organizar visitas as empresas que atuam num segmento similar pode ser uma boa forma de capacitar uma equipe. Foi o que percebeu Adriana Auriemo, diretora da Nutty Bavarian, rede de franquias que vende doces à base de amêndoas. Ela sempre conversava sobre negócios com colegas que também administravam franquias.
“Adquiria muito conhecimento durante essas conversas e tive a ideia de levar parte da minha equipe para conhecer os processos dessas outras empresas”.
As visitas mais recentes foram na Mr. Beer, rede que vende cervejas artesanais, e nas Óticas Carol. “Além de realizar networking, aprendemos muito sobre como cadastrar e renovar os contratos com os franqueados”, afirma Adriana.
5. Criar cartilhas e cartazes
Uma das formas mais comuns de treinamento é por meio de cartilhas e cartazes. Apesar de ser uma medida simples, ela é bastante efetiva para treinamentos simples. Foi o que comprovou Rodrigo Cascelli, gerente de marketing da rede de lanchonete Big X- Picanha. Alguns meses atrás, quando os problemas de falta de água começaram em São Paulo, Castelli sentiu a necessidade de treinar os funcionários das 50 lojas a respeito das medidas que deveriam ser adotadas.
A empresa optou por criar uma campanha com cartazes e adesivos para alertar sobre novos processos, como remover o excesso de comida antes de lavar os pratos. Os cartazes foram colocados nas cozinhas e nas áreas dos funcionários. “Conseguimos economizar entre 8% e 12% por mês”, afirma Castelli.
6. Procurar cursos online e palestras gratuitas
Muitas empresas investem em atividades educacionais para complementar a formação de seus funcionários, mas pequenos e médios negócios nem sempre tem orçamento para isso.
Uma solução pode estar nos cursos online. Existem opções gratuitas e que têm bastante qualidade, como os disponibilizados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Existem também algumas opções baratas: o site de educação à distância Veduca, por exemplo, tem cursos de MBA de grandes universidades e que custam em média dez vezes menos.
Além disso, existem diversos seminários e palestras online que podem ajudar a complementar o treinamento dos funcionários.
Fonte: http://dcomercio.com.br/